domingo, 12 de maio de 2013

A NAVALHA ANTIVIRAL -01


O escrito que aqui o deixo é de alguém que
habita em outra camada lateral a nossa.
A NAVALHA ANTIVIRAL
 
Eu digitava para saciar os indivíduos que dentro de mim dividiam-se , logo depois, multiplicavam-se e armazenavam-se nos seus devidos lugares.Perturbando dessa maneira o meu HD. Tentei encontrar naquilo que eu digitava algo que apaziguasse aqueles cálculos que pareciam não acabar mais, entretanto quanto mais símbolos apareciam na tela ,mais continuavam aquelas contas. Era um imenso cálculo lógico, hackeava tudo aquilo que encontrava nomes,datas,simbolos...E depois guardava todos muma seqüência certa. Eu procurava entender por que aquilo estava acontecendo, mas nada conseguia.
Fiquei procurando um modo de tentar acabar com aquilo, já estava me dando uma imensa insanidade parecia que dentro de mim havia vários curtos-circuitos no compartimento “C”.Eu precisava fazer alguma coisa para acabar com aquele sofrimento, aquela angustia que crescia a cada fração de segundo... Ali por baixo das camadas que pareciam ser de peles, músculos e ossos. Eu tinha que dá um fim naquela confusão, naquele sistema orgânico, organizado e extenso que insistia em decompor números e depois guardar-los em matrizes especiais. Ninguém podia compreender aquilo que se passava dentro de mim. Então veio-me uma idéia eu corria até o banheiro fixei os olhos em uma navalha antiviral que encontrava-se sobre uma pia de granito e subir a vista lentamente...Olhando para um espelho que se encontrava na minha frente contemplei a minha imagem que ali estava sendo refletida, olhava para mim com um riso no canto da boca, com um olhar agressivo que me fez inconscientemente conduzir o gume da aquela navalha ,que agora não estava mais sobre a pia e sim na minha mão direita, até um fio que estava dentro do meu pescoço ,o fio pulsava freneticamente dentro daquela espécie pele ,nele passavam cargas elétricas que iam com uma velocidade ligeiramente variada até chegar ao centro maquinal que distribuía toda aquela energia para vários instrumentos que existiam dentro daquele ser estranho que parecia ser eu.Fiquei observando atentamente a imagem e de repente vi algo estranho ao olhar para a navalha ,que se encontrava na mão esquerda numa posição horizontal sobre o meu pescoço, ela estava se transfigurando aparecia um PONTEIRO.

FELIPE MANOEL A.S CUNHA
THERESINA: 04/11/09

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