O escrito que aqui o deixo é de alguém que
habita em outra camada lateral a nossa.
A NAVALHA ANTIVIRAL
Eu digitava para saciar os indivíduos que
dentro de mim dividiam-se , logo depois, multiplicavam-se e
armazenavam-se nos seus devidos lugares.Perturbando dessa maneira o meu HD.
Tentei encontrar naquilo que eu digitava algo que apaziguasse aqueles
cálculos que pareciam não acabar mais, entretanto quanto mais símbolos
apareciam na tela ,mais continuavam aquelas contas. Era um imenso
cálculo lógico, hackeava tudo aquilo que encontrava nomes,datas,simbolos...E depois guardava todos muma seqüência certa. Eu procurava entender por que aquilo estava acontecendo, mas nada conseguia.
Fiquei
procurando um modo de tentar acabar com aquilo, já estava me dando uma
imensa insanidade parecia que dentro de mim havia vários
curtos-circuitos no compartimento “C”.Eu precisava fazer alguma coisa para acabar com aquele sofrimento, aquela angustia que crescia a cada fração
de segundo... Ali por baixo das camadas que pareciam ser de peles,
músculos e ossos. Eu tinha que dá um fim naquela confusão, naquele
sistema orgânico, organizado e extenso que insistia em decompor números e
depois guardar-los em matrizes especiais. Ninguém podia compreender
aquilo que se passava dentro de mim. Então veio-me uma idéia eu corria até o banheiro fixei os olhos em uma navalha antiviral
que encontrava-se sobre uma pia de granito e subir a vista
lentamente...Olhando para um espelho que se encontrava na minha frente
contemplei a minha imagem que ali estava sendo refletida,
olhava para mim com um riso no canto da boca, com um olhar agressivo
que me fez inconscientemente conduzir o gume da aquela navalha ,que
agora não estava mais sobre a pia e sim na minha mão direita, até um fio
que estava dentro do meu pescoço ,o fio pulsava freneticamente dentro daquela espécie pele ,nele passavam cargas elétricas que iam com uma velocidade ligeiramente variada até
chegar ao centro maquinal que distribuía toda aquela energia para
vários instrumentos que existiam dentro daquele ser estranho que parecia
ser eu.Fiquei observando atentamente a imagem e de repente vi algo
estranho ao olhar para a navalha ,que se encontrava na mão esquerda
numa posição horizontal sobre o meu pescoço, ela estava se transfigurando aparecia um PONTEIRO.
FELIPE MANOEL A.S CUNHA
THERESINA: 04/11/09
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